domingo, 30 de setembro de 2012

Obrigado


Obrigado, a todos aqueles que partiram
a todos aqueles que me desiludiram.
Obrigado a quem rápido me esqueceu,
a todos que se achavam melhores que eu.

Todo o desprezo que me é dado por vós,
é bem aceite, pois não seremos um nós.
Tal como a água limpa sou transparente,
agora podem dizer que estou diferente.

Este será o último poema que vos escrevo,
pois, nada deste mundo a vocês devo.
Obrigado por me atirarem para um buraco,
mas uma vez mostrei que não sou fraco.

Não sou de ferro,nem mesmo invencível,
posso não ser ótimo, mas não sou terrível.
Foram meses a fio a viver nessa ilusão,
agora estou feliz, não pertenço na vossa mão.

sábado, 29 de setembro de 2012

Idiota


És criado, sobre normas sem sentido,
neste mundo és mais um idiota perdido.
Por orgulho, abandonas de quem ti gosta,
a tua estupidez, agora está bem exposta.

Vives num grupo baseado numa mentira,
sorris na cara daquele que de dor delira.
Como um mau ser humano, decidiste viver,
graças a isso, eu fui obrigado a crescer.

Mentiras, através de frase de preocupação,
fazem-te querer entrar de nova na minha vida.
Não és mais aquele que chamei de irmão,
toda a nossa história, por mim está perdida.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Branco Vazio


Sem tinta, vou pintando um quadro em branco,
para conseguir manter um sonho, por enquanto.
Contradições cravadas em espécies de profecias,
trazem de volta, os monstros que tu mais temias.

Frases nas paredes, são tratadas como orações,
levado por crentes, acredito em falta de desilusões.
Transporto um relógio, para me poder perder no tempo,
com a força do vento vou procurando o meu elemento.

Parecendo uma barata, ando de um lado para o outro,
na busca de uma segurança, neste mundo ou noutro.
Sou o negro repleto, estampado num branco vazio,
num fechar de olhos, tudo volta ao mesmo pavio.

Muitas vezes achei que a minha felicidade estava por um fio,
decidi ser homem e levar cada obstáculo como um desafio.
Com as más energias, estou de relações cortadas,
encontro uma saída para o mundo em portas fechadas.

Com cores de revolta, vou escrevendo sem cansaço,
afogado em mágoas de verdade, não em copos de bagaço.
Ocupo espaços em quantidade não tão importantes,
pois tenho a certeza que a minha vida não será como dantes.

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Sol

Sol, rei da energia,


iluminas cada passo meu.

Pena, não apareceres de dia,

neste mundo todo teu.



Dizem que vais explodir,

libertarás ondas de calor.

Precisamos todos de fugir,

para escapar a toda a dor.



Sei, que vai desaparecer,

vais viver uma ascensão.

Os Fiéis em ti vão crer,

e impedir a destruição.



Devemos manter a calma,

durante a ausência de luz.

Pura, ficará cada alma,

e o corpo que a conduz.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Jah

Por mais que negues,
Jah está por perto.
Veio pelas tuas preces,
seu caminho é certo.

Cada erro que cometes,
Jah está a observar.
As mentiras que derretes,
ele vai sempre relembrar.

Podes não o conseguir ver,
mas ele consegue te sentir.
Num momento de tristeza,
Jah irá deixar-te a sorrir.

Não precisas de lhe meditar,
nem ir à sua procura.
Jah serve para ajudar,
para te salvar da loucura.

Quando procurares a paz,
Jah vai estar lá para ti.

Nosso dialeto

Sem segredos, escrevo dialetos de eterna paixão,
recordo todas as palavras enquanto segurava tua mão.
Páginas de pensamentos, são sempre ocupadas por ti,
fico feliz porque contigo, cada uma delas eu escrevi.

Encontrei um sitio, onde posso dizer tudo o que penso,
já lá vão as alturas em que estar contigo tornavam-me tenso.
Cada passo, cada memória, eu guardarei dentro de mim,
quero que saibas que és linda até a dizer atchim.

Com cafés e cigarros, vamos tendo milhares de conversas,
o meu coração encontraste perdido e colaste as suas peças.
Sou todo teu, serei sempre, até depois da morte chegar,
estarei cá para te ouvir, para te ajudar e para te amar.

Quantas aventuras a meu lado tu queres viver?
A teu lado sinto-me um homem que acabou de renascer.
Vamos passear de mãos dadas, por vales e montanhas,
tenho a certeza se cair cá abaixo tu me apanhas.

Bem mais que o universo pode dar, eu contigo voei,
quanto mais voei, mais forte de prazer eu respirei.
Mãos pelo corpo um do outro, sempre na altura certa,
passaram algumas horas e a saudade já aperta.

Limpo

Sinto-me limpo, com o interior dormente,
encontrei a solução, bastou ser diferente.

Músicas entoam, pela minha mente fora,
caminho no vazio, mil vezes numa hora.
Mais perdido que uma bussóla partida,
decido começar do zero a minha vida.

Num buraco negro, alguém me tirou,
uma deusa, o verdadeiro eu ressuscitou.
Em cada conversa, mais puro me tornava,
invés de viver e estar triste, feliz eu ficava.

Garrafas, jamais seriam uma solução,
seria mais uma causa de auto destruição.
Armas de poder, a mim não me atingem,
coitados de aqueles, que ataques fingem.

Um pensamento cria e percorre o meu sorriso,
paz, amor verdadeiro, é tudo o que preciso.

Não ressaquei por falta dos meus vícios,
da tua falta, isso sim, mostro indícios.

Caminhos de Medo

Basta caminhar,por qualquer inútil caminho,
relembro-me que da morte eu sou vizinho.
Através das palavras cometo vários crimes,
com eufemismos faço poemas bem sublimes.

Rebento com poder as grades da sociedade,
lanço venenos por palavras repletas de verdade.
Julgado e condenado por usar uma roupa escura,
sou rebelde de emoçoes mas a alma é pura.

Insultado e deixado para trás, episódios da vida,
mais pareço ser um miserável infetado de sida.
Enfraquecido decidi seguir o caminho adiante,
a minha luz é tão forte, mais parece diamante.

Com receio do degredo, passo sempre a correr,
faço isto por amor e farei isto até morrer.
Já não sou guerreiro do mal, mas sim do bem,
luto pelo descanso, quando chegar ao além.

Deixado para trás, conheço os caminhos do medo,
fiquei sozinho demasiado tempo desde cedo.
defendo-me muito rápido, mais pareço um torpedo,
fui muito honesto, já não sou um brinquedo.

Pago pela verdade, pago pela hipocrisia,
pago por tudo aquilo que quis ser um dia.
Recebo ódio vindo de todas as possiveis direções,
recebo o karma por ter cometido más ações.

Foram-me feitas várias lavagens cerebrais,
todas falhadas, pois tenho poderes mentais.
Não vivo pela moda, nem respiro pelo estilo,
ergo a cabeça por não ser nada daquilo.

Não sabem o que é encarar um novo dia,
sem qualquer dinheiro sem pedras de safira.
Já se foram os tempos em que vivia,
agarrado às memórias de uma fotografia.

Problemas vão alterando um género de rotina,
todos os fins que vivi, estavam na minha sina.
Procuras gerais feitas numa uniforme mentira,
desgosto e muita verdade, o meu corpo transpira.

Amizade

gritos de desespero no meio de um tal deserto,
onde cada passo me leva a um abismo certo.
foco-me no presente sempre com olho no futuro,
sigo de olhos fechados como um tiro no escuro.

Corro atrás de metas sem precisar de falsos amigos,
deitado abaixo, levantei-me e decidi enfrentar perigos.
Puseram-me com dúvidas das minhas capacidades,
ataquei diretamente nas vossas queridas falsidades.

Mochila nas costas, tapa cicatrizes das facadas,
sigo puro em frente,pois isso são águas passadas.
Palavras esquecidas, querem que volte a relembrar,
não haverá volta, não estarei cá para vos segurar.

Não precisam mais de ouvir qualquer queixa minha,
com dilemas de vida que vos dava volta à pinha.
Sincronismo de ações da vossa parte eu rejeito,
não fiquem mal com isto, mas levem mesmo a peito.

Ataques em palavras, não vou com coisas dessas,
prefiro exprimir de como quebraram todas as promessas.
Venham contra mim com a vossa recém formada legião,
cada um sem argumentos será levado à propria extinção.

Vou guardar forças para qualquer possível ataque,
posso não ser rei, mas faço logo um cheque-mate.
Não preciso de focos de luz apontados para mim,
infelizmente sei bem quando algo encontra o seu fim.