quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Caminhos de Medo

Basta caminhar,por qualquer inútil caminho,
relembro-me que da morte eu sou vizinho.
Através das palavras cometo vários crimes,
com eufemismos faço poemas bem sublimes.

Rebento com poder as grades da sociedade,
lanço venenos por palavras repletas de verdade.
Julgado e condenado por usar uma roupa escura,
sou rebelde de emoçoes mas a alma é pura.

Insultado e deixado para trás, episódios da vida,
mais pareço ser um miserável infetado de sida.
Enfraquecido decidi seguir o caminho adiante,
a minha luz é tão forte, mais parece diamante.

Com receio do degredo, passo sempre a correr,
faço isto por amor e farei isto até morrer.
Já não sou guerreiro do mal, mas sim do bem,
luto pelo descanso, quando chegar ao além.

Deixado para trás, conheço os caminhos do medo,
fiquei sozinho demasiado tempo desde cedo.
defendo-me muito rápido, mais pareço um torpedo,
fui muito honesto, já não sou um brinquedo.

Pago pela verdade, pago pela hipocrisia,
pago por tudo aquilo que quis ser um dia.
Recebo ódio vindo de todas as possiveis direções,
recebo o karma por ter cometido más ações.

Foram-me feitas várias lavagens cerebrais,
todas falhadas, pois tenho poderes mentais.
Não vivo pela moda, nem respiro pelo estilo,
ergo a cabeça por não ser nada daquilo.

Não sabem o que é encarar um novo dia,
sem qualquer dinheiro sem pedras de safira.
Já se foram os tempos em que vivia,
agarrado às memórias de uma fotografia.

Problemas vão alterando um género de rotina,
todos os fins que vivi, estavam na minha sina.
Procuras gerais feitas numa uniforme mentira,
desgosto e muita verdade, o meu corpo transpira.

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