sábado, 7 de julho de 2012

Cafés e Cigarros II

Enquanto espero por ti, acendo o meu último cigarro,
travo após travo, o tempo vai passando, devagar...
Ainda estás tu a colocar um pé dentro do autocarro,
e eu nervoso, de cigarro na mão, começo a ficar.

Tenho saudades, do café que tomei a teu lado,
sem açucar, pois gosto do sabor bem amargo.
O cabelo, está sempre parcialmente despenteado,
nem os cigarros acalmam a ansiedade que trago.

Isqueiro branco, faz imensas viagens sempre comigo,
é único, é pessoal, e traz-me boas recordações.
Parar de me estragar pode ser difícil, mas eu consigo,
tenho pena da minha carteira, e dos meus pulmões.

Tenho saudades de sair, e estar na esplanada,
com um maço de tabaco, em cima da nossa mesa.
Hoje, fico sentado de maço no chão, no meio do nada,
á procura de um sitio, como a águia procura a presa.

Está na hora de ir descansar, vou escrever o fim,
não vou lá fora, vou apenas pensar, até adormecer.
Não faz sentido, um cigarro meu, sem mim,
vou beber um café, e a esta noite, sobreviver.

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