quarta-feira, 11 de julho de 2012

Reflexos

Vejo o reflexo da minha cara, na água suja do rio,
minhas feições ficam extremamente distorcidas.
Sinto o vento bem quente, o reflexo na água é frio,
tardes banhadas de lágrimas, foram esquecidas.

Mais uma gota, cai no meio de moléculas de água,
e sente-se perdida no meio de tanta confusão.
Tão inocente, mais parece um conto, uma fábula,
de sorrisos desonestos sem qualquer motivação.

Sinto-me perseguido, pela sombra que deixo espalhada,
pelos reflexos, perdidos pelo tempo e por muitos lugares.
tenho conversas, com o mundo, de mente fechada,
encontrei um dom, no meio de todos os meus azares.

Prefiro acabar esta tarde, comigo a ver-me ao espelho,
a ver como por vezes, o meu estado é um vazio.
Não preciso de ouvir nada, a não ser um conselho,
pois, todas as vidas a mim aliadas, estão por um fio.

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